Em
2016, a cada 13 minutos, um motorista foi vítima de roubo no Rio de Janeiro. Um
total de 41.704 ocorrências, o maior em 25 anos, acabou devolvendo ao seguro de
automóvel fluminense a posição de mais caro do país. O título foi da vizinha
São Paulo nos últimos três anos, como apontam os dados do Instituto de
Segurança Pública.
“O principal fator relacionado ao aumento da
violência no Rio é a falta de recursos do Governo do Estado para pagar os
servidores, estando, entre eles, os policiais”, avalia Jayme Torres, presidente
do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ).
Ele também cita os altos índices de desemprego e o
aumento das fraudes. “São os chamados fraudadores eventuais. O consumidor comum
se vê às voltas com o carnê do carro em atraso, ou ficou desempregado e não
está conseguindo vender o seu carro, então ‘desaparece’ com ele para receber da
seguradora, como indenização, o valor da FIPE, o que ele não conseguiria no
mercado”, explica.
Tudo isso contribui para o aumento do preço do seguro,
que chegou a 20% por conta da explosão no número de roubos em diversas regiões
do estado. “O problema pulverizou. Niterói, que tinha índices estáveis, hoje
apresenta elevação acima da média. A Baixada também. Mesmo regiões como Barra,
Ipanema, Copacabana, que tinham os menores índices, começaram a ter elevação
acima da média”, contou o vice presidente da Federação Nacional de Seguros
Gerais (FenSeg), Luiz Pomarole, aos jornais Extra e O Globo.
O local com maior número de roubos foi o bairro de
Mesquita, com 5.242 casos, enquanto a região que sofreu maior aumento foi
Itaboraí, 116% mais violenta em 2016, com 708 ocorrências. O presidente do
CCS-RJ aponta ainda outra consequência negativa da situação: “diante de preços
mais altos, os consumidores podem cair na armadilha das associações de proteção
veicular, que vendem proteção aos automóveis sem oferecer, de fato, um seguro”,
alerta, acrescentando que esse tipo de produto não dá garantia alguma e que o
prejuízo só é percebido, quando o motorista precisa
utilizá-lo.
FONTE: Terça, 14 Fevereiro 2017 - Escrito por VTN Comunicação
Compilação:
Carlos BARROS DE MOURA –
EXPERTISE EM SEGUROS
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