As
seguradoras serão duramente atingidas pelo Furacão Harvey, que chegou a Gulf
Coast, no Texas, na última sexta-feira, 25, classificado como categoria 4 –
antes de perder força e passar a ser uma tempestade tropical durante o final de
semana. Mesmo assim, deve continuar o grande volume de chuvas que bateu recorde
na cidade de Houston, no Texas, e em seus arredores até esta segunda-feira.
“As
companhias de seguro irão encarar o maior efeito do Harvey, com segurados
concentrados em regiões mais vulneráveis, dada a sua concentração geográfica”,
afirmou um porta-voz da agência de investimentos Moody’s. Resseguradores com
clientes em exposições a riscos no sudeste também serão atingidos, mas deverão
ser capazes de absorver as perdas, de acordo com a agência.
Perdas
Ainda na análise da Moody’s, o sudeste é um local de muita incidência de catástrofes para os resseguradores nos EUA, e esses com exposições no Texas correm o risco de sofrer perdas significativas, embora seja esperado que essas perdas poderão ser manejáveis de acordo com os ganhos.
Além
disso, a Associação de Seguros Texas Windstorm – que também absorve algumas
perdas seguradas – fornece cerca de US$ 67.6 bilhões em cobertura para
catástrofe desde o final de junho deste ano, com capacidade total de pagamento
de US$ 4,9 bilhões.
O Centro
Nacional de Furacões apresentou uma nota na manhã desta segunda, 28, dizendo
que “as inundações catastróficas que ameaçam vidas continuam no sudeste do
Texas, e os alertas sobre as emergências provenientes dessas enchentes estão em
vigor”.
A entidade
afirmou ainda que o fenômeno natural deve começar a ir para a região nordeste a
partir da próxima terça-feira, 29; com o centro do Harvey saindo do meio da
costa do Texas e permanecendo em alto mar.
As chuvas
deverão continuar com precipitações acumulando entre 38 e 63 centímetros, até
sexta-feira na costa norte do Texas e no sudeste de Louisiana, em alguns locais
esse acúmulo poderá chegar a mais de um metro na costa do estado, incluindo as
áreas metropolitanas de Houston e Galveston.
Prospecções
Mesmo com essas prospecções, o centro afirma que ainda é muito cedo para começar a calcular os custos da catástrofe. Levará algum tempo para determinar a magnitude das perdas seguradas, o grau de danos e qual serão os efeitos em diferentes indústrias.
Mesmo
concordando com isso, a empresa de análises Keefe, Bruyette & Woods deu uma
nota afirmando que embora não se possa afirmar valor com certeza, ele deverá
passar de US$ 100 milhões. Embora ainda seja cedo demais para essa estimativa,
é esperado que as perdas seguradas excedam US$ 1 bilhão. As inundações devem
causar muitas perdas de bens pessoais e comerciais e em imóveis.
A AIR
Worldwide – provedora de softwares contra catástrofes – informou que em
Rockport, Texas, a 6km de distância a oeste do local da aterrissagem do
furacão, houve sérios danos a prédios, incluindo o desmoronamento de
parte de uma escola, a queda do teto em um asilo e danos estruturais no
tribunal da cidade, além de outros prédios afetados. A companhia disse, no entanto,
que o furacão chegou há muito pouco tempo e o reconhecimento do que foi afetado
apenas começou.
O braço
responsável pela revisão de impactos desse tipo de acontecimento da AON,
afirmou que a quantidade de chuva que caiu em Houston já se igualou à da tempestade
tropical Allison, que ocorreu em 2011, e até então era considerado o mais
danoso evento climático na história da cidade, causando aproximadamente US$
11,9 bilhões em danos, menos da metade disso – cerca de US$ 5 bilhões – tinham
coberturas de seguros.
A.C. REVISTA APÓLICE com
informações: Business Insurance
Compilação: Carlos BARROS DE MOURA
EXPERTISE EM SEGUROS
Compilação: Carlos BARROS DE MOURA
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