terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Programa Instituição Amiga do Empreendedor visa fomentar a qualificação e a profissionalização de micro e pequenos empresários





O Conselho Federal de Administração (CFA) faz parte do grupo interinstitucional do programa Instituição Amiga do Empreendedor (IAE). A iniciativa é uma parceria da Secretaria de Educação Superior (Sesu), do Ministério da Educação, com a Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa (Sempe), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), e conta com apoio de algumas entidades, entre elas o CFA.
O projeto visa fomentar a qualificação e a profissionalização de micro e pequenos empresários. Para isso, são capacitados alunos e professores dos cursos de Administração, de Ciências Contábeis e de tecnologia em gestão para aprimorar conhecimentos sobre empreendedorismo. O diretor de Formação Profissional da autarquia, Mauro Kreuz, elaborou o protótipo do projeto que serviu de base para o programa. "É impossível falar de empreendedorismo dissociado da Administração. Acredito que, por essa razão, o SESu/MEC, o MDIC entenderam como imprescindível a participação do CFA nesse projeto", afirmou.
A expectativa é contar com a adesão de mais de 500 instituições de Ensino Superior e capacitar mais de 100 mil empreendedores.
Como funciona - As instituições de ensino superior credenciadas pelo MEC interessadas podem aderir voluntariamente ao programa. A partir daí, elas têm acesso ao material do Sebrae sobre empreendedorismo. Um dos objetivos do projeto é estabelecer um diálogo com a comunidade. Os moradores da região onde se localiza a universidade parceira também podem ter acesso ao programa Instituição Amiga do Empreendedor.
A expectativa é que tanto empreendedores quanto estudantes possam ampliar habilidade e conhecimentos de maneira a aumentar o índice de sucesso e sobrevivência dos pequenos negócios e a geração de riqueza. Para isso, a IAE prevê ações voltadas à geração de conhecimento na educação empreendedora e na instigação de atitudes para o empreendedorismo, de forma a promover uma elevação qualitativa dos indicadores nacionais sobre o empreendedorismo, com sua profissionalização, de forma a contribuir com a redução da mortalidade empresarial e fomentar emprego e renda para a sociedade.
A IES que aderir ao programa recebe o selo “Instituição Amiga do Empreendedor” com a marca da Sesu, Sempe e demais parceiros.
Além do CFA, compõem o grupo de trabalho o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração (Angrad) e as instituições de ensino superior.

Acesse o site e confira mais detalhes http://www.cfa.org.br/acoes-cfa/programa-iae/programa-iae

Compilação: Carlos BARROS DE MOURA
                       BARROS DE MOURA EXPERTISE EM SEGUROS

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

CASA SEGURA E SUSTENTÁVEL - SOMPO SEGUROS -

Quando pensamos em uma  casa ideal, costumamos planejar cada centímetro para que nosso lar seja confortável e que tenha um clima agradável. Por isso, é importante termos consciência em deixar a nossa residência sempre segura e sustentável, principalmente com a manutenção da estrutura e equipamentos elétricos. 
Nesse post você vai conhecer um pouco mais sobre práticas sustentáveis que são fáceis de adaptar em qualquer lugar e ainda geram economia e segurança para o seu lar!

Iluminando o ambiente
Se você ainda está na fase de planejar a construção  da casa, uma boa escolha é optar  por conceitos abertos que viabilizam o maior fluxo de iluminação proveniente da luz solar e deixam o ambiente mais arejado. Outra opção é utilizar lâmpadas de LED, já que essas são luzes frias, podem ser recicladas e gastam menos energia com uso constante, evitando a utilização das lâmpadas fluorescentes comuns que consomem mais energia e esquentam o ambiente.
Dica valiosa: evite acender e apagar as lâmpadas com frequência, pois o acionamento do  interruptor é o momento de maior pico de consumo de energia. Se o ambiente não tiver iluminação natural, prefira utilizar  lâmpadas de LED e evite o acionamento constante.

Telhas e telhado sempre limpos!
Você tem realizado a manutenção das suas telhas e telhados? Realizar a limpeza regular evita diversos problemas em sua casa, como a infiltração. Além da limpeza, é importante fazer a instalação de uma calha funcional de acordo com a estrutura de sua residência, para o devido escoamento da água da chuva.

Reaproveitamento de água
Já passamos da época em que falar no assunto parecia ser bobeira. A economia de água e sua reutilização são imprescindíveis para a sustentabilidade e podem ser a carta na manga na hora de economizar. Verifique sempre se suas torneiras e chuveiros não estão vazando, não desperdice água na hora do banho, regule bem suas descargas e aproveite a água já utilizada (ou até mesmo a água da chuva) na hora de lavar o quintal, por exemplo. Essas dicas são atitudes que podem parecer pequenas ou simples, mas ajudam bastante na hora de economizar, além de manter o ambiente sustentável e colaborar com o planeta.

Ar condicionado
Utilize o ar condicionado apenas quando for necessário e evite deixa-lo ligado durante longos períodos. Outro ponto importante é a limpeza do filtro do ar condicionado: sujeiras podem ocasionar o mau funcionamento, gerando maior gasto de energia e enviando maior quantidade de CO2 para o meio ambiente!

Revestimento da Fachada
O revestimento da sua fachada pode parecer apenas ideias de decorações, mas é muito importante para a segurança do seu lar. Os revestimentos da fachada auxiliam na vedação e promovem a proteção das estruturas e alvenaria do imóvel. Por estar sempre exposta ao sol e chuva, é necessária a constante manutenção para que a sua função não seja afetada.

Instalações elétricas
O barato pode sair caro: não investir em instalações, reparos e manutenções no sistema elétrico de sua casa pode causar diversos danos em sua residência, até mesmo um incêndio! É importante sempre estar atento ao uso correto das tomadas e cuidado com o excesso de equipamentos ligados no mesmo ponto de energia.

E não se esqueça de realizar a manutenção de sua residência frequentemente para deixar a sua casa sempre segura e sustentável!
FONTE: #ConselhoSompo
Compilação: Carlos BARROS DE MOURA
                          BARROS DE MOURA EXPERTISE EM SEGUROS


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

DESAFIO NA SAÚDE NO BRASIL É SEMELHANTE AO DOS EUA: REDUZIR CUSTOS



O blog Sonho Seguro foi conversar com Solange Vieira, presidente da Federação Nacional da Saúde Suplementar (FenaSaúde) para entender como uma tendência de empresas criarem seus próprios planos de saúde pode afetar o setor. A questão em foco foi a união do megainvestidor Warren Buffett, presidente da Berkshire Hathaway; Jeff Bezos, presidente da Amazon; e Jamie Dimon, diretor-executivo do JPMorgan Chase, sobre criarem uma seguradora de saúde, anunciada em janeiro deste ano. Veja abaixo os principais trechos da entrevista:

Como vê essa notícia? É um risco para as operadoras?

Não nos causa surpresa. Nos Estados Unidos e em outros países, assim como no Brasil, o desafio é semelhante: a evolução das despesas com saúde não acompanha a capacidade de pagamento da população. Há tempos estamos alertando para os riscos à sustentabilidade desse sistema, que tem preocupado todos que atuam no setor em razão da acelerada evolução dos custos da saúde. A variação desses gastos vem aumentando acentuadamente nos últimos anos, quando comparada com os índices de inflação. Entre 2008 e 2016, o IPCA variou 65,2% contra custos na ordem de 142,8% – medido pelas despesas assistenciais per capita médico-hospitalares. Nesse período, o reajuste autorizado pela ANS foi de 104,2%. Essa conta não fecha e as empresas contratantes de planos de saúde já estão percebendo isso, uma vez que, na maioria delas, o plano de saúde de seus funcionários representa a segunda maior despesa com pessoal, perdendo apenas para a folha de pagamento.

Acha que a saída para as operadoras passa a ser o seguro individual?
A saída passa pela mudança no modelo de remuneração de prestadores de serviços e no modelo de assistência à saúde. O fee for service estimula a superutilização dos recursos de saúde, uma vez que remunera de acordo com o volume de procedimentos prescritos.
Pode citar exemplos?

Há movimentos de operadoras e até de alguns hospitais para modelos mais sustentáveis que compartilhem o risco de forma mais equilibrada. Um exemplo é o DRG – Diagnosis Related Group. É uma metodologia mais sofisticada para o gerenciamento do uso de materiais e da qualidade assistencial, que permite a elaboração de pacotes – clínicos e cirúrgicos – para a comercialização de serviços hospitalares, com base nas informações coletadas a partir da internação. Essa também é uma forma de comparar a eficiência entre equipes diferentes de profissionais e prestadores.

Em que estágio está tal mudança?
A mudança de modelo de remuneração dos profissionais de saúde no Brasil está em andamento e há iniciativas em buscar novos formatos, que se adequem a realidade e peculiaridades brasileiras. A solução não passa pela incorporação de um modelo pronto. Também é necessário pensar em mudanças no modelo assistencial, com o cuidado voltado à saúde e não à doença. Adotar critérios de custo-efetividade para as incorporações tecnológicas também é uma das saídas para controlar o crescimento desses custos. Para tanto, é preciso união em uma só direção de todas as pontas da cadeia de Saúde Suplementar.

Você acredita que essa tendência já chegou ao Brasil com os planos auto administrados, como os das montadoras?
Sim, já se observam iniciativas no sentido de instalar ou aprimorar a gestão da saúde dos colaboradores. Mas, é preciso ressaltar que ainda não há expertise nos RHs da maioria das empresas para conduzir a gestão da saúde de seus empregados. Nesse caso, a integração entre empresas, operadoras de planos de saúde e hospitais pode ser a melhor saída.

Tem números sobre os planos auto administrados, como quanto eles representam do faturamento total do setor?
De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), são 161 operadoras de autogestão, com 4,8 milhões de beneficiários, que até setembro de 2017 movimentaram uma receita de R$ 15,6 bilhões e despesas na ordem de R$ 14,7 bilhões.

Acha que isso vai acelerar as discussões no Brasil sobre se ter um mercado mais amigável para todos os envolvidos na cadeia da saúde suplementar?
Sim. Toda a cadeia produtiva sabe que é preciso mudar os modelos de acesso e de financiamento, mas falta um maior entendimento. É uma discussão urgente, porque os gastos estão ficando impagáveis. E se mais pessoas deixarem a Saúde Suplementar, os custos para os que ficarem serão ainda mais altos.
A aposta é na tecnologia para reduzir custos. Tanto cruzar infos para evitar fraude como apps voltados para alertar consumidores sobre desperdício, remédios e que ajudem a melhorar a qualidade de vida do clientes. 

Concorda? Se sim, pode comentar sobre tendências em uso no Brasil?
Sim, mas, por outro lado, o ritmo acelerado de desenvolvimento de novas tecnologia representa, ao mesmo tempo, a tendência e o maior desafio para a Saúde Suplementar nos próximos anos. Pode soar paradoxal, mas cabe explicação. Entre as principais tendências de mercado, o desenvolvimento de novas tecnologias possibilita avanços na medicina que prolongam com qualidade e bem-estar a vida das pessoas. Esse é um caminho sem volta na área da saúde e muito bem-vindo. Na outra ponta, a tecnologia permite, ainda, melhorar a comunicação entre consumidores e operadoras. Entretanto, a indústria impõe um ritmo avançado de incorporação de tecnologias, o que cria desafios econômicos para o setor de saúde. Um dos principais é equilibrar os custos assistenciais, historicamente, mais elevados – potencializados pela adoção de novas tecnologias, procedimentos – do que as receitas das empresas. Em dez anos, o resultado operacional do setor fechou em vermelho em seis, sendo o último analisado o de 2016.


Compilação: Carlos BARROS DE MOURA
                      BARROS DE MOURA EXPERTISE EM SEGUROS


TRABALHO INTERMITENTE NOS BARES E RESTAURANTES

TRABALHO INTERMITENTE NOS BARES E RESTAURANTES

Como explanamos em boletim anterior com a reforma trabalhista (Lei 13.467), o empresário terá mais de uma dezena de contratos de trabalho a sua disposição. Um deles é o que prevê contrato intermitente. É também o mais combatido na Justiça do Trabalho. A previsão de trabalho intermitente é atacada por quase uma dezena de ações no STF, tentando declará-lo inconstitucional. No entanto, ele é o mais sensato, adequado, racional, para empresas com descontinuidade ou intensidade variáveis de funcionamento, muitas vezes ditadas pela maior ou menor procura dos consumidores.

Esclareça-se que além do trabalho intermitente previsto na reforma trabalhista há o que foi legalizado para as empresas de trabalho temporário; estas estão liberadas para contratar e repassar trabalhadores temporários (limite de 180 dias prorrogáveis por mais 90) para suprir necessidades das empresas em “trabalho intermitente, periódico e sazonal”. O trabalhador contratado já chega à tomadora com carteira assinada, exame médico feito e etc. Entendemos que as ações que questionam o trabalho intermitente no STF, não atingirão estas empresas, que apesar de pouco conhecidas, existem desde há décadas; o trabalhador é contratado pela prestadora com as formalidades e direitos tradicionais da CLT

Antes de mais nada, o trabalho intermitente previsto em ambas as leis, além de suprir necessidade premente do mercado, representa duas alternativas de formalização de centenas de milhares de empregos que não têm quaisquer proteção da legislação, a legalização do chamado bico, este sim precário, forma de trabalho que existe há séculos. O vínculo deixa de ser bico, informal, passa a exigir carteira assinada, pagamento de horas extras, 13º férias, FGTS, previdência, etc.

Historicamente a consolidação do emprego regulamentado se deu no país com a CLT, no início da década de quarenta. Este diploma, aprovado pelo governo Vargas, visava prioritariamente o trabalho na indústria nascente, oito horas de trabalho, com entrada na fábrica às oito horas da manhã e saída às dezessete ou dezoito horas, conforme a duração do intervalo de almoço, que era de uma ou duas horas. Nessa época a primeira instância da Justiça do Trabalho era composta de juntas de conciliação, o juiz um cidadão humilde, prestativo, conciliador, as reclamações tinham quatro ou cinco itens no máximo e não mais de 25, como tem hoje. Inexistia vale refeição, vale transporte, 13ª, FGTS, dezenas de conquistas da classe trabalhadora que viriam com o tempo e iriam se acumulando, através de leis ou convenções coletivas, mais recentemente por jurisprudência ou súmulas.

Passado décadas, o sistema de produção se ampliou e diversificou, o comércio e os serviços se multiplicaram, este último a ponto de se tornar o principal responsável pelo PIB, tanto como a sociedade se urbanizou, tornou-se mais complexa, aumentou imensamente o consumo e a qualidade de vida. A mudança cultural acompanhou essa corrida e bem ou mal estamos na sociedade da informação, ou sociedade do consumo, a indústria é cada vez menos responsável pela geração de empregos, os serviços tende a se ampliar ainda mais no futuro, o século XXI será a era dos serviços.

Comércio e serviços não podiam ser enquadrados no horário para o qual foi feito a CLT. As pessoas, os consumidores, estudantes, donas de casa, trabalhadores em horas de folga, não podiam ser enquadrados pela CLT. Um restaurante, por exemplo, abre suas portas principalmente quando as fábricas fecham as suas, para fornecer almoço e jantar. Muitos bares só funcionam a noite, nos dias de semana. E ambos, e similares, tem pico de movimento a partir de sexta-feira até domingo. Os eventos acontecem em dias e horários diversificados; muita gente tem que trabalhar e outras querem fazer compras à noite ou aos domingos.  Essa evolução, tecnológica, econômica, social e cultural exige adequação do trabalhador às necessidades de atendimento e não o contrário

Há também variações sazonais. Em cidade turística o restaurante intensificará seu movimento ou nas férias de verão, clima quente, ou de inverno (julho), estas propícias a cidades de montanha, de clima frio.  Que lógica pode justificar ter o mesmo número de funcionários o ano todo? Nas grandes cidades sobrariam funcionários de segunda a quinta e a partir de sexta a noite eles seriam insuficientes. O mesmo pode se dizer de um bar de praia. O custo não tornaria inviável o empreendimento? O custo não é repassado ao preço, colocando o produto ou serviço muitas vezes por demais elevado para o consumidor de renda limitada (99%)? No que ajuda em autoestima ou a manter dignidade manter um trabalhador olhando para a parede dias seguidos? 

Os produtos e serviços do país não perdem competitividade? O país não se torna muito caro para turistas domésticos e internacionais? Não se perde empregos, PIB, tributos, mercado, produção, como resultado do encarecimento da folha e do desperdício de mão de obra?

As críticas ao trabalho intermitente são feitas com base em exemplos hipotéticos, como por exemplo o trabalhador ser contratado e ficar sem ser chamado, nada recebendo, portanto no fim do mês. Mas por que um empreendedor iria fazer isso? Ocupar-se em selecionar, contratar, registrar, se não precisa do trabalhador, por que o faria se não intencionasse chamá-lo?  E tendo ainda outras diversas obrigações previstas na lei, principalmente se aprovada a Medida Provisória 808 (aviso prévio e indenização pelo saldo do FGTS pela metade etc.)?

Outra crítica é que isso iria precarizar todo o mercado de trabalho. Preocupação que não existe na grande maioria das atividades, onde empresas só dão certo com cultura interna forte, formação de equipes, capacidade de concorrer no mercado com seus produtos e serviços, sempre de responsabilidade dos trabalhadores. Ninguém irá ficar chamando trabalhadores intermitentes para assumirem a produção ou serviços que são focos de seus negócios, que exigem conhecimento, motivação, responsabilidade. Nos países da Europa já é comum há décadas, sem causar nenhuma dos males apontados. Nos EUA chega a ser 50% em alguns setores, onde trabalham jovens à procura do primeiro emprego, idosos, trabalhadores que procuram uma porta para voltar ao mercado, aposentados e donas de casa que querem se sentir úteis ou precisam completar o orçamento.

O mínimo que se espera é que o STF, nas ações onde nosso escritório litiga como amicus curiae, dê uma oportunidade a essa inovação, que reduzirá a informalidade, possibilitará muito mais a quem faz bico, oportunidade de trabalho a donas de casa, milhões de estudantes, outro tanto de aposentados, idosos e principalmente, em períodos de crise, de desempregados que querem portas aberas para voltar ao mercado.

BOLETIM DE ORIENTAÇÃO JURÍDICA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BARES E RESTAURANTES - ABRASEL SP
21 de fevereiro de 2018
Informações e análises de responsabilidade da equipe de Maricato Advogados Associados
 Compilação: Carlos BARROS DE MOURA
                         BARROS DE MOURA EXPERTISE EM SEGUROS

 


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

COMO FUNCIONA A REGULAÇÃO DE SINISTROS DE RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL?



Uma das principais dúvidas dos Corretores atendidos pelo canal ProfissionalSEG é a respeito do processo de regulação de sinistro do seguro de responsabilidade civil profissional.
Como em qualquer seguro de responsabilidade civil, o sinistro na carteira de RC Profissional inicia com o recebimento pelo segurado de uma reclamação de um terceiro, ou da ciência por parte do segurado de um ato ou fato que possa gerar uma reclamação no futuro.
Uma vez recebendo esta reclamação, o segurado através de seu Corretor, deverá entrar em contato com o ProfissionalSEG.
No primeiro contato buscamos verificar se o evento ocorrido é de fato um sinistro de RC Profissional. Muitas vezes os segurados acabam por avisar sinistros que não possuem relação com o objetivo da apólice, ou são riscos claramente não amparados pelas coberturas do seguro.
Acreditamos que uma grande falha do mercado de seguros é a geração de expectativas infundadas junto ao cliente. Caso o evento não tenha relação com a apólice, procuramos esclarecer e informar nossos parceiros quanto a esta situação.
Convém ressaltar que possuímos uma equipe capacitada e 100% voltada para o Seguro de Responsabilidade Civil Profissional de engenheiros e arquitetos, com condições técnicas de responder rapidamente se o evento narrado possui ou não viabilidade de ter cobertura pela apólice.
Se o evento reportado possuir fundamento técnico que enseje a abertura de um processo de sinistro junto à seguradora, o segurado deverá preencher um formulário de aviso de sinistro (disponibilizado pelo ProfissionalSEG) e encaminhar uma documentação inicial padrão: carta de reclamação formal do terceiro, Cópia da ART ou RRT emitida junto ao CREA ou CAU para o serviço reclamado; cópia do contrato de prestação de serviços ou proposta técnica (se houver).
Outros documentos poderão ser solicitados, conforme o caso.
Passo seguinte é a nomeação pela Chubb de uma empresa reguladora que irá ser responsável pela vistoria de constatação de danos no local sinistrado e administração de todo o processo em nome da Seguradora.
Via de regra, os sinistros deste segmento envolvem uma série de detalhes técnicos. Cabe ao regulador identificar se existe a responsabilidade do segurado no evento. Para tanto, dependendo da complexidade do caso, ele poderá solicitar a Seguradora a nomeação de um perito – para que o mesmo possa identificar se a reclamação do terceiro é procedente, ou simplesmente para uma melhor avaliação técnica dos prejuízos reclamados.
Também compete ao regulador verificar se os valores de reparação apontados pelo segurado e/ou terceiros estão de acordo com os padrões do mercado.
Encerrada a fase de avaliações, o regulador emitirá um relatório final para a seguradora apontando a sua conclusão quanto a responsabilidade do segurado e valores a serem pagos de acordo com as coberturas da apólice e franquia estabelecida.
Neste momento a seguradora irá encaminhar a sua decisão para o segurado que, uma vez concordando com os valores apurados, receberá os mesmos mediante assinatura de um recibo de liquidação e termo de quitação a serem assinados pelo segurado e terceiro reclamante.
Importante frisar que a apólice de seguro de responsabilidade civil profissional estabelece que a seguradora é obrigada a pagar os valores decorrentes de sentença judicial transitada em julgado, ou em acordo autorizado pela seguradora.
Isto significa que na esfera extrajudicial ela, através do processo de regulação de sinistro, busca se convencer quanto a responsabilidade ou não do segurado no evento reclamado.
Uma vez constatada esta responsabilidade ela poderá efetuar o pagamento do sinistro sem a necessidade de um processo judicial.
Durante todo este processo, o ProfissionalSEG fará o acompanhamento junto às partes, agilizando os processos e sendo o ponto de apoio do Corretor nesta jornada. Nossa missão é fazer com que o processo de sinistro seja o mais rápido e transparente possível. Para isto fazemos toda a interlocução entre Corretor, reguladores, peritos e departamento de sinistros.
Nosso objetivo é oferecer todo o suporte ao Corretor para que o cliente final – o segurado – tenha todas as informações e saia satisfeito com o atendimento.
Estamos à sua disposição,
FONTE: ProfissionalSEG  20/02/2018 4 C
Compilação: BARROS DE MOURA EXPERTISE EM SEGUROS
Carlos BARROS DE MOURA - CEO

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Brasil perdeu US$ 22 bilhões em 2017 com ataques cibernéticos



Os riscos cibernéticos continuam causando muitos danos às empresas. Em 2017, ameaças à segurança de redes gerou milhões em perdas para grandes empresas, que tiveram dados sigilosos acessados por hackers. De acordo com um estudo da Cyber Handbook, até 2019 estima-se que as perdas com esse tipo de crime podem atingir US$ 2,1 trilhões. A vulnerabilidade no sistema de segurança, pode gerar a perda de dados sigilosos, resultando em sérias consequências reputacionais e financeiras para as organizações.

O Brasil possui números alarmantes: é o segundo país que mais perdeu financeiramente com ataques cibernéticos, atrás apenas da China. Em 2017, cerca de 62 milhões de brasileiros foram vítimas de cibercrime, o que representa 61% da população adulta conectada do país. De acordo com estudo Norton Cyber Security Report, em 2017, os crimes cibernéticos causaram prejuízos de US$ 22 bilhões ao Brasil, sendo que cada vítima perdeu uma média 34 horas com as consequências dos ataques.

No caso mais recente, no Brasil, as informações de mais de dois milhões de clientes de um e-commerce foram vazadas, depois que um hacker conseguiu ter acesso a nome completo, data de nascimento, CPF, valor gasto e data da última compra das pessoas cadastradas. Para amenizar os impactos negativos destes ataques, uma saída é contratar um seguro cibernético, que, segundo o Superintendente de linhas financeiras da BR Isurance, Fernando Cirelli, “esse tipo de seguro dá todo o suporte para investigar e sanar os danos causados por ameaças cibercriminosas”. ”É uma proteção contra prejuízos por invasões de hackers, extorsão, lucros cessantes e roubos de dados digitais, que causem prejuízos para a empresa ou para os clientes prejudicados por esses ataques”, afirma o executivo. Mesmo ainda sendo pouco conhecido no Brasil, o seguro cibernético teve um crescimento expressivo no país: entre maio e dezembro de 2017 a procura por esse produto aumentou 200%.

O relatório Looking ahead: Cyber Security 2018, produzido anualmente pela FireEye destaca que há o lado bom dos ataques, uma vez que empresas públicas e privadas e os governos têm buscado a inovação de seus departamentos internos – tanto em produtos quanto em estratégias – para que estejam aptos a detectar e responder mais rapidamente às ameaças.

FONTE: 06 Feb 2018  Sonho Seguro
Compilação: Carlos Barros de Moura
                        BARROS DE MOURA