Poupar
para velhice é tabu que exige planejamento. Previdência privada ajuda na
recomposição da renda
Nem os
debates sobre a reforma da Previdência têm levado os brasileiros a pensar em
garantir uma velhice tranquila. Seis em cada 10 cidadãos não se preparam para a
aposentadoria. Essa realidade é ainda pior entre os mais jovens. No grupo com
idades de 16 a 24 anos, oito em cada 10 não poupam para deixar de trabalhar sem
ter uma queda na renda. Os dados fazem parte de levantamento realizado pelo
Instituto Paraná Pesquisa, a pedido do Correio. No país das desigualdades,
mesmo os mais escolarizados não fazem planos para o momento de deixar o mercado
de trabalho. Entre os entrevistados que possuem ensino superior, seis em cada
10 não fazem economia para usufruir durante a inatividade.
A pesquisa
mostra poucas diferenças quando são analisadas as respostas por gênero. Pelo
menos 63,2% dos homens não se preparam para a aposentadoria e 59,9% das mulheres
não se preocupam com o assunto. A situação é mais alarmante entre os menos
escolarizados. Entre os entrevistados com nível médio, 70% não fazem planos
para a velhice. O percentual sobe para 75,6% entre as pessoas que cursaram
apenas o ensino fundamental.
E o quadro
pode piorar com o envelhecimento acelerado da população. Dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2030, o país terá
41,5 milhões de idosos, contra 14,2 milhões em 2000. E a faixa de jovens de 15
a 29 anos, que representava 28,2% da população, cairá para 21%.
Os
incentivos ao consumo e a falta de estímulos familiares para poupar são
apontados pelo estudante de economia Victor Hugo Mendes, 24 anos, como
principais barreiras para ele pensar no futuro. “Não sou um poupador, sou
consumista. Também acho que não me preparo para a velhice porque não tenho um
emprego fixo”, admite. Apesar disso, ele estagia em um banco e conhece os
benefícios de um plano de previdência privada.
O
estudante está consciente de que, se não poupar, terá uma brutal queda de renda
na aposentadoria. Interessado em concorrer a uma vaga no serviço público, sabe
que, se não for aprovado, precisará complementar a renda, porque receberá como
aposentadoria, no máximo, o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
atualmente em R$ 5.531,31. “No banco passei a ter contatos com previdência
complementar, e a aberta pode ser uma das soluções se mudar de ideia e quiser
ficar na iniciativa privada”, explica.
Comece
cedo
Não há
idade certa para começar a poupar. Mas quem começa a economizar ainda jovem
compromete uma parcela menor da renda com a previdência privada. Portanto,
quanto antes se preocupar com a velhice, melhor.
Atualmente,
13 milhões de brasileiros têm previdência complementar, apontam dados da
Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Esse contingente
possui aplicações em uma das duas modalidades do mercado: o Vida Gerador de
Benefício Livre (VGBL) e o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). A escolha
deve levar em conta o modelo de declaração do Imposto de Renda (IR).
O PGBL é
indicado para quem declara o IR pelo formulário completo e contribui para a
Previdência Social. Neste caso, é possível deduzir da base de cálculo do IR as
contribuições feitas ao plano de previdência complementar até o limite de 12%
da renda bruta anual. Já o VGBL é destinado àqueles que utilizam o formulário
simplificado do IR ou não têm renda a declarar.
Fonte: Correio Braziliense Via
Revista COBERTURA
Compilação:
Carlos BARROS DE MOURA
EXPERTISE EM SEGUROS
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