quinta-feira, 22 de março de 2018

EMPRESAS CONFIRMAM BAIXA NOS ROUBOS DE VEÍCULOS, MAS VALOR DO SEGURO NÃO CAI



Seguradoras apontam que valores são calculados na região já levando em conta a questão da segurança.
Volta Redonda – O Diário do Vale divulgou recentemente que o Instituto de Segurança Pública apontou uma queda no roubo e furto de veículos em Volta Redonda. Avaliando o mês de janeiro entre 2016 e 2018, houve redução na prática de tais crimes. No entanto, esses dados têm pouco ou quase nenhum impacto no momento do cálculo do seguro dos autos que circulam na cidade. Os vilões dos sinistros são, de longe, as batidas e colisões. No que tange aos crimes contra o patrimônio, esse item já traz um índice mais baixo no momento do cálculo. Por isso o seguro por aqui é mais barato que em áreas como Baixada Fluminense, capital e região metropolitana.

Na opinião do corretor de seguros Luiz Henrique, que é diretor do Sindicato dos Corretores e das Empresas Corretoras de Seguros, de Resseguros, de Vida, de Capitalização e de Previdência, do Estado do Rio de Janeiro (Sincor-RJ), o que impacta mais no preço do seguro de veículo na região são a colisão e fatores climáticos.
O índice de violência não impacta tanto. Além da baixa ocorrência, ele conta que os veículos alvos de roubos ou furtos são aqueles com mais de sete anos de uso, que ainda não possuem dispositivos de segurança de fábrica. Devido à proximidade da região metropolitana, a violência dos grandes centros ainda influencia um pouco no valor das apólices de seguro.
– Já faz algum tempo que as seguradoras identificaram esta redução na frequência de roubo e furto de veículos na região, reduzindo também o preço do seguro. A definição do preço dos seguros parte de dados estatísticos de sinistros. Por isso que o reajuste no interior é diferente do índice na capital – declarou.
Segundo Luiz, a crise afetou as renovações e novos contratos em decorrência do desemprego. Isso ocorreu ressalta o corretor entre 1016 a 2017 com uma queda de 10 a 15%.
– Mas este ano estamos recuperando e estamos tendo uma procura maior por renovação e seguros novos, algo em torno de 20% – lembra.
Já em relação ao tipo de cobertura, o seguro total continua sendo a opção de cobertura mais procurada em 90% do universo de segurados, onde buscam como objetivo segurar o próprio patrimônio.
– Apenas 10% dos segurados optam pelo seguro básico ou apenas pelo seguro de responsabilidade ou seguro contra terceiros. Já a diferença da cobertura total para a básica vai depender do valor e do porte do veículo – diz.
A assistente de seguros Nayara Santana afirma que em Volta Redonda não há muito sinistro aberto por roubo ou furto, tem mais por colisão, correspondendo a 90% dos sinistros abertos.
– O fato de ter um trânsito e fluxo maior de veículos nas principais vias possibilita mais acidentes. Por esse motivo a preocupação em preservar o veículo e evitar danos causados por terceiros ou desastres naturais está fazendo com que aumente a procura por cobertura total. Das pessoas que renovam ou contratam um novo seguro 98% optam pela cobertura de seguro total – confirma.
Uma assistente de seguros confirma que não tem feito muita cobertura de seguro básico, pois o valor em muitos casos não compensa. A cobertura por seguro total, lembra a assistente, dá uma diferença de até R$ 200 para o seguro com cobertura básica.
– O seguro total cobre tudo: danos a terceiros, roubos, colisão e incêndio, por isso é o mais contratado. Já a opção por seguro com cobertura básica varia conforme a seguradora e sobre o total de itens cadastrados até a tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que seria o valor mais baixo – explica.
Segundo ela, a pesquisa de preços é muito importante antes de contratar uma apólice de seguro.
– No nosso caso trabalhamos com 12 seguradoras, onde sempre buscamos o melhor preço, lembrando que tem veículo que tem um perfil melhor determinada seguradora. Devido ao valor elevado de alguns contratos, têm clientes que acabam não optando por segurar todos os seus veículos, optando pelo mais utilizado – ressalta.
A vendedora autônoma Elisângela confirma que desde que comprou um veículo – há quatro anos – faz seguro com cobertura total.
– Faço por segurança apesar de nunca ter precisado. Nunca podemos prever o que pode vir a acontecer, mas sempre faço uma pesquisa de preço antes de contratar ou renovar – comenta.
Funcionária de uma corretora de seguros, Iana Zorzanelli faz seguro total de seu veículo desde 2011.
– Acho muito mais vantajosa a cobertura completa. Já tive alguns incidentes com o meu carro, e caso não tivesse optado pelo seguro total teria problemas. Já quebrei o vidro e mesmo com a franquia valeu a pena. Também já tive uma pane do veículo em Alagoas e fui atendida imediatamente pela assistência 24h, com o serviço de guincho e mecânico. Caso tivesse que pernoitar, o hotel estava incluído também – afirma.
FONTE:
PorCobertura  -  Publicado em 19 mar 2018, 08h56 

Compilação: Carlos BARROS DE MOURA
                        EXPERTISE EM SEGUROS 



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