Seguradoras
apontam que valores são calculados na região já levando em conta a questão da
segurança.
Volta Redonda – O Diário do Vale divulgou
recentemente que o Instituto de Segurança Pública apontou uma queda no roubo e
furto de veículos em Volta Redonda. Avaliando o mês de janeiro entre 2016 e
2018, houve redução na prática de tais crimes. No entanto, esses dados têm
pouco ou quase nenhum impacto no momento do cálculo do seguro dos autos que
circulam na cidade. Os vilões dos sinistros são, de longe, as batidas e
colisões. No que tange aos crimes contra o patrimônio, esse item já traz um
índice mais baixo no momento do cálculo. Por isso o seguro por aqui é mais
barato que em áreas como Baixada Fluminense, capital e região metropolitana.
Na
opinião do corretor de seguros Luiz Henrique, que é diretor do Sindicato dos
Corretores e das Empresas Corretoras de Seguros, de Resseguros, de Vida, de
Capitalização e de Previdência, do Estado do Rio de Janeiro (Sincor-RJ), o que
impacta mais no preço do seguro de veículo na região são a colisão e fatores
climáticos.
O
índice de violência não impacta tanto. Além da baixa ocorrência, ele conta que
os veículos alvos de roubos ou furtos são aqueles com mais de sete anos de uso,
que ainda não possuem dispositivos de segurança de fábrica. Devido à
proximidade da região metropolitana, a violência dos grandes centros ainda
influencia um pouco no valor das apólices de seguro.
–
Já faz algum tempo que as seguradoras identificaram esta redução na frequência
de roubo e furto de veículos na região, reduzindo também o preço do seguro. A
definição do preço dos seguros parte de dados estatísticos de sinistros. Por
isso que o reajuste no interior é diferente do índice na capital – declarou.
Segundo
Luiz, a crise afetou as renovações e novos contratos em decorrência do
desemprego. Isso ocorreu ressalta o corretor entre 1016 a 2017 com uma queda de
10 a 15%.
–
Mas este ano estamos recuperando e estamos tendo uma procura maior por
renovação e seguros novos, algo em torno de 20% – lembra.
Já
em relação ao tipo de cobertura, o seguro total continua sendo a opção de
cobertura mais procurada em 90% do universo de segurados, onde buscam como
objetivo segurar o próprio patrimônio.
–
Apenas 10% dos segurados optam pelo seguro básico ou apenas pelo seguro de
responsabilidade ou seguro contra terceiros. Já a diferença da cobertura total
para a básica vai depender do valor e do porte do veículo – diz.
A
assistente de seguros Nayara Santana afirma que em Volta Redonda não há muito
sinistro aberto por roubo ou furto, tem mais por colisão, correspondendo a 90%
dos sinistros abertos.
–
O fato de ter um trânsito e fluxo maior de veículos nas principais vias
possibilita mais acidentes. Por esse motivo a preocupação em preservar o
veículo e evitar danos causados por terceiros ou desastres naturais está
fazendo com que aumente a procura por cobertura total. Das pessoas que renovam
ou contratam um novo seguro 98% optam pela cobertura de seguro total –
confirma.
Uma
assistente de seguros confirma que não tem feito muita cobertura de seguro
básico, pois o valor em muitos casos não compensa. A cobertura por seguro
total, lembra a assistente, dá uma diferença de até R$ 200 para o seguro com
cobertura básica.
–
O seguro total cobre tudo: danos a terceiros, roubos, colisão e incêndio, por
isso é o mais contratado. Já a opção por seguro com cobertura básica varia
conforme a seguradora e sobre o total de itens cadastrados até a tabela Fipe
(Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que seria o valor mais baixo –
explica.
Segundo
ela, a pesquisa de preços é muito importante antes de contratar uma apólice de
seguro.
–
No nosso caso trabalhamos com 12 seguradoras, onde sempre buscamos o melhor
preço, lembrando que tem veículo que tem um perfil melhor determinada
seguradora. Devido ao valor elevado de alguns contratos, têm clientes que
acabam não optando por segurar todos os seus veículos, optando pelo mais
utilizado – ressalta.
A
vendedora autônoma Elisângela confirma que desde que comprou um veículo – há
quatro anos – faz seguro com cobertura total.
–
Faço por segurança apesar de nunca ter precisado. Nunca podemos prever o que
pode vir a acontecer, mas sempre faço uma pesquisa de preço antes de contratar
ou renovar – comenta.
Funcionária
de uma corretora de seguros, Iana Zorzanelli faz seguro total de seu veículo
desde 2011.
–
Acho muito mais vantajosa a cobertura completa. Já tive alguns incidentes com o
meu carro, e caso não tivesse optado pelo seguro total teria problemas. Já
quebrei o vidro e mesmo com a franquia valeu a pena. Também já tive uma pane do
veículo em Alagoas e fui atendida imediatamente pela assistência 24h, com o
serviço de guincho e mecânico. Caso tivesse que pernoitar, o hotel estava
incluído também – afirma.
FONTE:
Compilação: Carlos
BARROS DE MOURA
EXPERTISE EM SEGUROS
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