A amarração incorreta das mercadorias
durante o transporte pode gerar prejuízo e onerar a operação de todos os
envolvidos no processo logístico. Portanto, é importante manter cuidados
básicos na hora de transportar. De acordo com um levantamento da Argo Seguros,
seguradora especializada no segmento, a sinistralidade gerada apenas pela
amarração incorreta das mercadorias nas carrocerias responde por 30% da
quantidade de sinistros ocorridos.
Atualmente, existe uma resolução do
Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que trata do assunto. De acordo com a
portaria nº 552, de 17 de setembro de 2015, determina que as mercadorias
transportadas sejam presas com cintas têxteis, correntes ou cabos de aço. Além
disso, fica proibido que esses materiais fiquem presos à carroceria de madeira
para evitar desgaste das estruturas.
Isso significa que a utilização de cordas ficou proibida desde então e é passível de multa, no valor de R$ 195. Considerada grave, a infração acarreta ainda em cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Entre os motivos que justificam a medida estão a flexibilidade do material, que mesmo amarrado acaba se soltando, e o desgaste causado pelo atrito com outras partes do caminhão, como a carroceria e parafusos. Uma das maiores preocupações é que a corda arrebente deixando toda a carga vulnerável.
Porém, muitas empresas e motoristas não
seguem a resolução. “A utilização de cabos de aço ou cintas têxteis
traz muito mais segurança, não apenas para a carga transportada, mas também
para todos os motoristas. Temos de lembrar que, além da questão financeira,
esses acidentes causam a perda de vidas precocemente”, afirma Juarez
Pompeu, coordenador de Gerenciamento de Riscos da Argo Seguros.
De acordo com ele, a carga que não está
amarrada ocasiona mais tombamentos do que o normal. “É simples de explicar.
Pelas leis da Física, quando o caminhão faz uma curva, a força envolvida é de
50% do peso da carga. Se imaginarmos estas forças trabalhando livremente sem
resistência, provavelmente teremos problemas durante a viagem, como um
adernamento, uma queda ou um tombamento”, completa.
Vale lembrar que mesmo amarrada, a
carga pode se movimentar se ocorrer uma aceleração ou frenagem brusca, a
realização de curvas em velocidades acima do compatível, o tipo de pista, a
ação do vento, entre outros fatores. Para evitar que isso aconteça, basta
calcular o quanto a carga é instável a partir das suas dimenões (altura x
largura x comprimento) e fazer a amarração correta para aquele tipo de carga.
“Para cada tipo de carga existe uma
melhor maneira de se fazer a amarração. Quando isso não acontece, é grande a
chance da carga cair do caminhão e atingir outro veículo vindo em sentido
contrário ou da carga se deslocar para cima da cabine, vitimando o próprio
motorista”, lamenta Pompeu.
O executivo da Argo Seguros lembrou
ainda que, em caso de acidente, a transportada e o embarcador também podem ser
acionados judicialmente. “Por isso, estamos também desenvolvendo uma
cartilha para conscientização dos motoristas quanto a importância da amarração
ser feita de forma correta”, finaliza.
FONTE: Data: 12 de
abril de 2018
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SLIDESHOW, Peças e Serviços
Juarez POMPEU
Por: Redação Na Boléia
Compilação:
Carlos BARROS DE MOURA
BARROS DE MOURA EXPERTISE EM
SEGUROS
Nota: Prevenir é sempre recomendável. A posição do mercado segurador é salutar para todos.
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