Um
grupo de 28 pessoas começou a ser julgado nesta sexta-feira no Tribunal da
cidade de Espinho, em Portugal, por um processo relacionado a fraude com falsos
furtos de bagagens em viagens de avião. O grupo teria lesado várias
seguradoras, chegando a uma quantia de 160 mil euros. As informações são do
site local tvi24.
A primeira sessão do julgamento foi marcada por
declarações da principal acusada no caso, uma antiga corretora de seguros, de
45 anos, que negou ter praticado os crimes.
A mulher, que foi ouvida na ausência dos acusados
restantes, garantiu que não teve qualquer participação no esquema fraudulento,
que teria funcionado entre 2011 e 2012, mas admitiu que tinha conhecimento dos
fatos e ficou calada.
“Já sabia que não estavam fazendo as coisas da
maneira mais correta, mas naquela altura precisava de dinheiro e tinha que me
calar”, disse a acusada, esclarecendo que na época dos acontecimentos ela
estava de licença.
A acusada disse ainda que a investigação foi “pelo
caminho mais fácil”, responsabilizando alguns dos fatos a uma antiga colega de
trabalho, coacusada no processo.
A mulher confessou ainda ter recebido
“indevidamente” três mil euros de indenização por uma bagagem que deu como
perdida, numa viagem de avião realizada em 2010, mas que “efetivamente não foi
extraviada”.
O julgamento foi interrompido pelas 17:00, horário
local, e irá continuar no dia 30 com a continuação do depoimento da principal
acusada.
O Ministério Público refere que os acusados
falsificavam documentos de embarque em viagens que nunca chegaram a realizar e
depois davam as malas como perdidas para pedir uma indenização às companhias de
seguro.
O esquema seria liderado por uma antiga corretora
de seguros que “tinha conhecimento de todos os procedimentos” para levar as
companhias de seguros “a proceder com o pagamento das indenizações pelos
seguros de acidentes pessoais – viagem”.
De acordo com a investigação, as seguradoras
pagaram cerca de 160 mil euros que os acusados distribuíram entre si, de forma
ainda não apurada.
Os réus estão acusados de mais de duas centenas de
crimes de falsificação de documentos e estelionato.
Só a suposta chefe da rede responde por 63 crimes
de falsificação de documentos, 49 crimes de estelionato e 14 crimes de
tentativa de estelionato.
FONTE: 18 Junho 2017 Escrito
por CQCS
Compilação: Carlos BARROS DE
MOURA
EXPERTISE EM SEGUROS
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